Telefone : 19-99189-6157 11-98835-0613

HEMANGIOMAS E MAV PERIFERICA

Hemangioma e Malformação Vascular Periféricas

 

Hemangiomas e outros e malformações vasculares periféricas (MVPs) são patologias distintas e com complexidade e tratamentos diferentes. Enquanto os primeiros são tumores, caracterizados por proliferação celular, as malformações vasculares são alterações no desenvolvimento dos vasos sanguíneos, podendo estar relacionados à displasia arterial (malformação arterial), venosa (malformação venosa), mista (malformação artériovenosa) ou mesmo linfática.

A correta classificação das MVPs, com uso das terminologias atuais, guia o tratamento e evita confusões semânticas, resultando em indicações terapêuticas equivocadas. Alguns tipos de MVPs são erroneamente denominadas “hemangiomas” e frequentemente confundidos com o hemangioma infantil, neoplasia benigna, geralmente autolimitada e com regressão espontânea na maioria dos casos, caracteristicamente encontrada em neonatos.

Os hemangiomas usualmente não estão presentes ao nascimento, aparecem no primeiro mês de vida, e em 95% dos casos sofrem um processo de regressão que pode ser rápido ou prolongarem-se até os dez anos de idade. Histologicamente, são caracterizados por hiperplasia endotelial na fase proliferativa, e fibrose, infiltração gordurosa e celularidade diminuída na fase involutiva. Nas malformações, as lesões já estão presentes ao nascimento, crescem proporcionalmente ao desenvolvimento do organismo e não regridem espontaneamente. São coleções de vasos anormais com endotélio preservado, podendo ser subdivididas em arteriais, venosas, linfáticas, ou uma combinação destas.

Para selecionar o tratamento mais adequado, em 1992, após anos de encontros internacionais para discutir o assunto, foi criada a Sociedade Internacional para o Estudo das Anomalias Vasculares (International Society for the Study of Vascular Anomalies – ISSVA). Esta classificação divide as anomalias vasculares em tumores vasculares (que incluem os hemangiomas infantis e outros tumores vasculares raros que podem ocorrer tanto em crianças como em adultos) e malformações vasculares (subclassificadas de acordo com as características do fluxo sanguíneo – alto e baixo fluxo – e de acordo com os componentes histológicos que compõem a lesão – arterial, capilar, venoso e linfático).

Na maioria das vezes estas lesões são bastante complexas, devendo ser realizado o diagnóstico correto para o tratamento adequado, pois muitas vezes o diagnostico impreciso pode comprometer todo o tratamento da lesão.

Os tratamentos podem ser realizados via percutânea ou endovascular, a depender sempre do diagnóstico estabelecido previamente e da complexidade da lesão, as opções percutâneas são a alcoolização e a injeção de microespuma e pela via endovascular a embolização intra-arterial ou mesmo venosa com o uso de uma ampla variedade de agentes embolizantes.

Por vezes o tratamento é prolongado, exigindo diversas sessões para completa resolução dos sintomas, especialmente nas malformações vasculares arteriovenosas.